terça-feira, 11 de maio de 2010

A Garota das Laranjas

“Qual seria a sua decisão se você tivesse a possibilidade de escolher? Optaria por uma vida breve aqui na Terra, para depois de poucos anos separar-se de tudo e nunca mais voltar? Ou diria "não, obrigado"?”
Esta é a pergunta que Jostein Gaarder nos deixa ao terminar a leitura deste livro. Mais uma obra excelente do autor, mas não tão boa quanto O Dia do Curinga, e melhor que O Mundo de Sofia com seu final confuso.
A Garota das Laranjas é a história de um garoto de 15 anos que recebeu uma carta póstuma do pai falecido há 11 anos. Nesta carta, o pai conta a sua história com a Garota das Laranjas. Uma história carregada de significados e mensagens filosóficas, como é característica de Gaarder.
O autor reflete sobre nossa existência como parte de um universo imenso e qual o significado disso tudo.
Toda a mensagem do livro é passada através de uma história de amor. Linda, diga-se de passagem. “Aguento esperar até que meu coração comece a sangrar de aflição.” Clichê. Mas mesmo assim, eu adorei.
Gosto das obras de Jostein Gaarder e gostei desta também. É um livro rápido, com conteúdo e sem ser cansativo. Porém, considero que esta receita de “pai que se comunica com filho depois da morte” está se tornando um pouco lugar-comum. Mas deu certo no livro.
A obra não é extraordinária, mas é boa. E dá pra terminar a leitura sabendo que ainda existem livros que não são uma afronta à nossa inteligência e ao nosso intelecto.

5 comentários:

  1. dos livros que li recentemente,esse foi um dos que mais gostei,achei a historia singela e muito bonita.
    um abracao.

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  2. Esse livro parece ser bom, valeu pela dica!!! Ainda tenho alguns livros na frente, mas pretendo ler esse tb.

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  3. Adorei sua resenha e estou doida para ler este livro. Gaarder é sensacional!

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  4. Gaarder tem algumas marcas registradas: a primeira, de montar livros com "histórias dentro de histórias dentro de histórias"... Isso faz com que muitos o achem chato (é sério, conheço muita gente que tem essa opinião), por não conseguir seguir as inter-histórias.
    A segunda marca é carregar no tempero da filosofia, de nos fazer pensar, de nos instigar a fazer perguntas. Talvez seja esta a sua principal qualidade - trazer conceitos filosóficos, nem sempre fáceis de assimilar, a uma linguagem leve, cativante, rápida.

    Se ainda não leu, leia "O dia do Curinga". Estou curioso prá ler sua opinião...

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