sábado, 12 de novembro de 2011

A comunicação e seu papel social


Comunicação é algo primordial nos dias de hoje. Se comunicar é uma necessidade básica humana e está ligada diretamente à vida em sociedade. Se não soubermos nos comunicarmos de maneira adequada, o prejuízo pode ser imenso.
Um dos problemas da comunicação é que ao mesmo tempo em que ela é supervalorizada em alguns meios, em outros é vista como algo frívolo e sem importância. Para muitos, ainda hoje em dia, “se comunicar bem” é sinônimo de “falar bem”. Não que ambos não estejam correlacionados, mas o simples ato de “saber falar” não indica que você sabe se comunicar. Para a comunicação ser realmente efetiva é fundamental sim saber como a mensagem será transmitida mas, mais importante ainda, é saber o que transmitir nesta mensagem. Caso o “comunicador” não saiba, o estrago pode ser muito maior do que simplesmente ficar quieto.
A mídia hoje, até pelo papel central da comunicação em nossa sociedade, possui um valor inestimável na comunicação de massa. Não importa se o veículo é impresso, radiofônico, televisivo ou a internet, o poder que os meios detêm fazem toda a diferença no dia a dia das pessoas.
Apesar da difusão da internet nos últimos anos, que acompanhou – e permitiu – a globalização, as mídias de maior alcance continuam sendo a televisão e o rádio. Mas do mesmo jeito que o rádio provocou uma revolução nos anos 1920, a televisão provocou outra nos anos 1950, a internet está provocando a sua agora no século XXI.
A internet aproxima pessoas que estão distantes fisicamente e mudou complementarmente a maneira de fazer comunicação. Hoje, qualquer um pode usar a internet para falar o que quiser, quando quiser e para quem quiser ouvir. As consequências? Nem sempre tão positivas assim.
Mas o público, ao mesmo tempo em que é global, é único. Podemos escolher receber pelo Twitter, no celular, onde estivermos, a notícia que mais interessar. Não é mais necessário comprar um jornal e ser obrigado a levar pra casa o caderno de esporte, internacional, política, cultura... podemos assinar apenas o que gostamos, sem sairmos do lugar e sem ter que manusearmos o papel jornal. As palavras-chaves hoje são segmentação e facilidade.
Mas toda essa facilidade tem um preço. Hoje tudo é muito rápido. Se não formos velozes, não conseguimos acompanhar as mudanças. E essa velocidade acaba trazendo alguns transtornos. Não há mais tempo – e espaço – para apurações detalhadas, que exijam tempo e dedicação e isso acaba gerando certas falhas que se disseminam rápido demais e sem muita chance de correção.
O comunicador precisa entender o processo. Precisa conhecer como a comunicação era feita e como ela é feita atualmente. Precisa conhecer seu público e o melhor jeito de passar sua mensagem, sendo este não apenas o conteúdo, mas também o meio que será usado. Se eu quero falar com o analfabeto para divulgar maneiras de voltar a estudar, adianta utilizar o jornal impresso? Eu jamais atingirei meu público e não terei uma comunicação efetiva.
Para termos sucesso, precisamos nos adaptar e evoluir com a sociedade. Precisamos dar o que o público quer, mas sem jamais deixar a criatividade de lado. A criatividade é fundamental para darmos ao público o que ele não sabe que quer, mas precisa. Porque o papel do comunicador hoje não é só vender, mas é educar. A mídia não deve apenas jogar milhões de informações por segundo, ela deve dar condições às pessoas de entenderem e interpretarem estas informações que são dadas. Comunicação sem o seu papel social não é comunicação. Comunicação eficaz é transformar a sociedade em que vivemos. Você faz a sua parte?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Política Para Não Ser Idiota


Quando entrei na faculdade de jornalismo, há quase cinco anos, eu era outra pessoa. Não posso negar que sempre fui chata, mas antes, minha chatice não tinha muita sustentação. Hoje minha chatice está maior – juntamente com meu ceticismo – porém, agora, há um certo fundamento e eu sei que com ela posso até fazer diferença.
Quando entrei na faculdade também não ligava a mínima para política. Política para mim era apenas a política partidária. Hoje vejo que o partidarismo é apenas uma vertente e talvez não seja nem a mais importante. Política é tudo. Tudo que está ligado ao nosso dia a dia. Pratica-se política no trabalho, em casa, na rua e até nos relacionamentos.
O livro de Mário Sérgio Cortella e Renato Janine Ribeiro discute bem este ponto de o que é e onde se faz política. Escrito em forma de diálogo entre os autores, a leitura é tranquila, rápida e prazerosa.
Não posso dar “cinco estrelas” para o livro por não concordar com grande parte dele, alguns conceitos e ideias presentes não me agradam e não enxergo as coisas daquela maneira. Mas dou um grande crédito à obra pela iniciativa e tentativa dos autores de tentar falar de política de uma maneira simples e agradável.
O único problema disso tudo é que, pela maneira como o livro é escrito, dá-se a entender que o público é justamente “eu” há cinco anos. E o “eu” há cinco anos jamais iria parar na livraria, olhar para capa de um livro intitulado “Política para não ser idiota” e ter a mínima vontade de folheá-lo, quem dirá comprá-lo para ler.
Como eu disse e repito: admiro a intenção dos autores ao construir este livro e são estas pequenas intenções que podem fazer a diferença futuramente. Mas adianta apenas escrevermos um livro que não vai alcançar ninguém? Enquanto política não deixar de ser vista apenas como política partidária, como algo sujo e corrupto e não for tratada como algo sério, não há como mudar muita coisa. Qual seria a solução então? Juntar todos os “eus passados” numa faculdade de jornalismo e fazê-los entender a importância da política ou juntar todos os “eus presentes” e tentar fazer a diferença? Eu acredito que a base para melhorarmos nosso país e o mundo é a educação. A partir da educação vamos criar cidadãos conscientes politizados que farão a diferença. Eu acredito em um jornalismo utópico capaz de mudar o mundo.

sábado, 23 de abril de 2011

Água para Elefantes


Já li este livro algumas vezes. Agora, com a aproximação do filme [ que me amedronta! ], me deu vontade de ler mais uma vez.
Água para Elefantes é, talvez, um dos melhores livros que já li. Adoro a história e considero a narrativa simples da autora, um ótimo jeito de contar a história.
A proposta do livro é bacana. Faz uma reflexão do personagem na velhice, além de contar uma historinha de amor, sem deixar de lado o dia a dia dos circos durante a Grande Depressão Americana. Mas, o mais legal disso tudo, é que o livro não cai no clichê e nem numa história-de-amor-babaca-água-com-açúcar.
A história flui fácil, tornando a leitura simples e prazerosa. O livro conta a história de Jacob Jakowski, misturando sua história presente – numa casa de repouso – com seus anos passados – vividos no Circo Irmãos Benzini – O Maior Espetáculo da Terra. O enredo prende o leitor do começo ao fim e dá para passar tantos momentos de raiva quanto dar risadas e torcer pelo personagem.
Sara Gruen tem uma escrita ao mesmo ágil e detalhista o que, para mim, é fundamental para construção de um livro. Eu recomendo que este livro seja lido e apreciado em toda a sua magnitude, independente do filme.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

60 Anos Depois - Do Outro Lado do Campo de Centeio


Quando soube do lançamento deste livro, imaginei que seria mais uma obra tosca, que não tem realmente nada a ver. Porém, depois de lê-lo, acredito que a melhor definição seria “um livro chato de um autor escroto querendo pegar carona na fama de outro”.
O livro começa bem. O Sr. C. tem algumas características que podem defini-lo como o Holden Caulfield, talvez uma versão só um pouco mais madura. Mas, com o passar das páginas, a leitura se torna chata, cansativa, entediante e o personagem principal um velho tosco completamente diferente do personagem original.
Há algumas partes do livro, em que há uma inserção do Salinger refletindo sobre o Holden. E tudo que eu tenho a dizer sobre estas partes é “o que diabos isso significou?”.
Conforme a leitura vai fluindo e o personagem se alterando, o que dá a entender é que Fredrik Colting pensou em fazer um livro sobre reflexões da velhice, mas tinha medo de não vender nenhum exemplar. Então teve a ideia “genial” de usar o Apanhador no Campo de Centeio como gancho.
Infelizmente, parece que esta ideia deu certo. Mas, mais infelizmente ainda, o autor não soube aproveitar a sua chance e, além de estragar o Holden Caufield, ainda não soube desenvolver sua história de maneira satisfatória.
Prefiro autores que pelo menos tentam criar seus próprios personagens e não estes que se apropriam de personagens alheios. E podem falar o que quiser, mas, para mim, Fredrik Colting é uma pessoa que busca a fama e o dinheiro, desprezando completamente a qualidade de um bom livro.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Orgulho e Preconceito e Zumbis

Fraco. Não sou muito fã de zumbis e nem li ainda a versão original de Jane Austen, portanto não posso comparar ambos os livros.
Porém, em se tratando de “Orgulho e Preconceito e Zumbis”, considero o livro fraquíssimo, com um “humor sem humor” e com uma leitura lenta e pouco prazerosa.
Consegui enxergar onde o autor tentou colocar suas pitadas humorísticas, mas ele foi extremamente mal sucedido no intento. É impossível emitir qualquer tipo de sorriso diante de graças tão bobas e mal articuladas.
A ideia de fazer um mash-up entre um clássico da literatura e zumbis é realmente muito bacana. Pena que foi muito mal aproveitada.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os Mercenários

Os Mercenários é um filme com um elenco impecável, todas as grandes estrelas dos filmes de ação, porém um detalhe praticamente sem importância foi deixado de lado: o roteiro. Se você tem bons atores quem precisa de uma boa história, não é?
O filme é fraquíssimo, não fazia ideia do que esperar porque realmente não conhecia muito ele (tudo que eu sabia se resumia em que foi gravado no RJ e que o Sylvester Stallone não pagou o que devia para a produtora de Fernando Meirelles). Mas quando você começa a assistir o filme, o mínimo que se espera é que tenha uma boa história para te prender a atenção e não apenas um Sylvester Stallone com 200 anos que mal consegue falar e os outros artistas dando porrada sem razão aparente.
E sabe o que acontece por causa dessa falta de roteiro? Eles resolvem simplesmente matar todo mundo por causa da Gisele Itié que possui um inglês escrotíssimo. O que é pior: a causa não é nem nada do tipo “sequestraram minha esposa, vou matar um por um” ou algo do gênero, Itié é simplesmente uma personagem aleatória que colocaram na história só deus sabe por quê.
Não vou negar que a cena do Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis realmente é muito boa, mas duas horas de filme possuir apenas uma cena de 1 minuto que valha a pena, é porque realmente tem algo errado.
Está entediado em casa no domingo e não tem o que fazer? Assista o filme porque vale para passar o tempo, assim como aqueles filminhos água com açúcar da Sessão da Tarde.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Preciso Te Contar Uma Coisa


Preciso Te Contar Uma Coisa narra a história de Jenny, uma protagonista escrota, que quando sua vida está começando a dar certo com Mike, seu futuro marido, surge um amor do passado que traz com ele um grande segredo. Oh, original, né? 
E como se não bastasse a originalidade do enredo, são 330 páginas de pura enrolação de o que diabos é este segredo.
Mulher apaixonada é uma das coisas mais estúpidas que existe por aí, mas Jenny supera todos os limites da estupidez humana. Não sou uma feminista de merda nem nada do tipo, mas não faço ideia o que está acontecendo com as escritoras hoje em dia que supervalorizam homens e tratam mulheres como lixo. Primeiro foi a Stephanie Meyer que estragou a cabeça de milhares de adolescentes escrotas. Tudo bem que Melissa Hill não chega nem perto do machismo de Meyer, afinal algumas personagens suas ainda têm solução, contudo só o jeito que a protagonista é tratada pelo namorado, é suficiente para passar bons momentos de puro ódio. E esta solução de suas personagens também possui algumas ressalvas, pois elas dizem algo de “não quero desistir da minha vida profissional para casar e ter filhos”, mas soa extremamente falso como um “só estou dizendo isso porque essa é a característica número um da mulher independente de hoje e não porque realmente acredito”.
A história é recheada de clichês e quando eu digo recheada é porque realmente a autora juntou todos os clichês existentes no mundo e espalhou ao longo do livro.
Definitivamente é um livro tosco, mal escrito e confuso. E seu enredo parece mais uma webnovela mexicana do Paraguai do que realmente a história de um livro.