domingo, 2 de maio de 2010

O Clube do Filme

Acho que o livro cumpriu o que foi proposto: contar a história de Jesse. Mas não consigo deixar de imaginar que seria um livro infinitamente melhor se focasse no Clube do Filme e não na vida do personagem. Minha expectativa era que fosse mais informativo mesmo.
Ao terminar a leitura, não pude deixar de sentir que o autor ficou achando que escreveu um baita livro e de que ele era realmente um excelente pai.
O livro está longe de ser extraordinário, muito pelo contrário. É uma obra comum, rápida e bem escrita. Mas é uma leitura para uma vez só. Para se deixar na estante e nunca mais lembrar que ela foi lida.
David Gilmour, para mim, está longe também de ser um bom pai. Era um pai presente, mas só. 95% das crianças e adolescentes não gostam da escola. Fato. Se formos tirar das escolas todos os jovens que se sentem entediados e não entendem a importância de estudar, teríamos colégios vazios. E realmente, educar uma criança mostrando filmes é uma ideia genial. No caso do livro, felizmente, no final, acabou dando certo. Mas aposto que em 90% dos casos, tirar um adolescente da escola e deixá-lo fazer o que quiser, sem responsabilidade alguma, não daria boa coisa.
Sem contar, na parte mais absurda de todas:
- Se eu descobrir que você está metido com drogas, nosso trato está desfeito.
Um tempo depois...
- Pai, eu usei cocaína ontem.
- Você se esqueceu do nosso trato?
- O trato era que se você me pegasse usando drogas, estaria tudo acabado, mas sou eu quem está contando...
E o pai aceitou sem problemas. E eu achando que meus pais eram bananas...

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