terça-feira, 24 de janeiro de 2012

1822


Para quem gosta de História do Brasil e não está mais no Ensino Médio e nem optou pela carreira de historiador, 1822 é uma leitura extremamente válida.
O livro, espécie de continuação da obra 1808, também de Laurentino Gomes, conta o momento histórico posterior à fuga de Dom João VI, a pressão pela independência brasileira e as dificuldades de Dom Pedro II em governar um “país livre”.
Escrito de forma de fácil compreensão e leitura, o livro ajuda a conhecer um pouco mais do que os professores ensinaram quando, em sala de aula, contaram sobre o Grito do Ipiranga e a célebre expressão “Independência ou Morte!”.
Laurentino Gomes fez um excelente trabalho de pesquisa jornalística e reuniu depoimentos e documentos históricos que ajudam a dar consistência ao livro. Por se tratar de um livro reportagem, todas as fontes são citadas o que ajuda à quem se interessar pelo assunto ir em busca de abordagens mais profundas.
Com uma linguagem muito mais acessível do que os tradicionais livros de história, 1822 ajuda a desvendar mais um capítulo da conturbada história brasileira. E, conhecer a história do próprio país, mesmo que através de best sellers é fundamental para qualquer brasileiro entender o porquê da situação atual. Afinal, o clichê não poderia ser mais verdadeiro: a história sempre se repete.

sábado, 21 de janeiro de 2012

As Aventuras de Tintim


Não conheço a história original de Hergé, mas lembro-me de assistir aos episódios de Aventuras de Tintim na Cultura quando era mais nova. Quando soube que ia sair um filme agora em 2012, confesso que fiquei com um pouco de medo quando vi que era o Spielberg que ia dirigir. Explicando: quando grandes diretores, com suas características já formadas, adaptam histórias existentes, os resultados nem sempre ficam muito bons. Foi o que aconteceu com Tintim: muito Steven Spielberg, pouco As Aventuras de Tintim.
Não tenho absolutamente nada a falar em relação à qualidade visual do filme. Animação impecável. Entretanto há ação demais, coisas sem noção demais, piadas desnecessárias demais. Fizeram um filme só para crianças e esqueceram os fãs antigos da série. 
Sem mencionar que são quase duas horas de duração que se arrastam. A história não vai pra frente, enrola, enrola, enrola e, pra falar a verdade, não chega a lugar algum.
Espero que uma continuação não seja feita. Prefiro manter na minha mente As Aventuras de Tintim da década de 1990 que apesar da tecnologia de menos, a história era demais.