quinta-feira, 29 de abril de 2010

Anotações de Um Taxista Ocasional

O livro é legal. Mas só. Nada de extraordinário. É uma leitura rápida para puro passatempo mesmo. Devo ter levado no máximo duas horas para ler este livro inteiro.
A história se baseia em relatos de um Ex-professor e diretor de uma Universidade no Paraná que mudou para São Paulo e virou taxista para ganhar um dinheiro a mais e conciliar com seus horários de estudo. Em forma de minúsculos contos, são histórias que aconteceram com o motorista durante seus quatro meses de profissão.
Algumas destas histórias são realmente boas, outras nem tanto. E a maioria delas parece faltar alguma coisa, uma conclusão ou talvez mesmo um melhor desenrolar da história. Acredito que isto acontece devido ao autor não ser muito bom com as palavras. Não que ele seja um terrível escritor, apenas não tem aquele dom para contar uma boa história.
Se você procura um livro pequeno e rápido, que não exija pensamento nem tempo hábil, recomendo Anotações de um Taxista Ocasional.

New Moon - Filme

Depois que eu terminei de ler Lua Nova, eu fiquei me perguntando se existiria coisa pior que aquele livro. E para minha surpresa, existe. Na sequência veio Eclipse me mostrando que nada é tão ruim que não possa piorar. (BTW, eu ainda farei a resenha sobre estes dois livros.)
E acho que pra mostrar que meu otimismo não me levará a lugar algum, pior do que os livros da Saga Crepúsculo, são os filmes.
Acabei de assistir New Moon e é deplorável. Eu dei risada para não chorar. Mais uma vez confesso que já assisti ao filme predisposta a não gostar, mas é impossível ser imparcial quando o assunto é a qualidade deste filme. E olha que deixarei de lado o fator adaptação porque isto já nem vale mais a pena discutir.
No quesito atuação, só tenho uma coisa a declarar: piada. Quem foi que falou para Robert Pattinson e Kristen Stewart que eles poderiam ser atores? Pior: quem foi que falou para eles que eles são bons atores? Nunca vi tamanha falta de expressão e tão pouco talento. Nas cenas que pedem interpretação e certo drama, dá vontade de cometer suicídio. É inacreditável colocar duas pessoas tão podres, pagar cachês altíssimos e ainda classificá-los como profissionais com a quantidade de gente realmente boa que existe.
Eu não conheço o diretor, só sei que ele fez também A Bússola de Ouro que falam que é terrível – mas como não assisti, não posso opinar –, mas em New Moon seu trabalho ultrapassa e muito a linha do “porcaria”. Tem uma quantidade enorme de cenas toscas e mal feitas, que eu tenho certeza que ele deve ter pensado “Genial fazer isto deste jeito!”.
Depois que a Bella é largada pelo Edward e entra em seu estado zumbi, eu já tinha achado inacreditável Stephenie Meyer ter a pachorra de deixar páginas em branco mostrando como foi a vida da personagem naquele momento, com certeza se achando a melhor autora do mundo e que isto era uma excelente ideia. Mas então veio o filme! E o diretor usar como recurso a Bella sentada olhando pela janela, sofrendo, com os meses aparecendo é simplesmente intolerável.
O filme inteiro é uma piada. Não me lembro de ter visto uma cena sequer em que eu pensasse “isto ficou legal!”. Não tem nada de legal. Mas não vou dizer que Lua Nova deve ser o pior filme do mundo porque, afinal, ainda teremos Eclipse e Amanhecer.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Alice in Wonderland - Filme

Eu li um comentário falando que a culpa do filme não ser exatamente bom, não é do Tim Burton porque ele não foi roteirista, apenas diretor. Isso só seria válido se fosse ao contrário, mas como diretor ele tem autonomia para mexer no roteiro e fazer do jeito que ele quiser. Portanto, a culpa é dele.
Filmes adaptados de livro nunca me agradam, mas como já tinha lido entrevistas de Burton falando que seria uma reinvenção da história, já fui preparada a me decepcionar nesta parte. Mas infelizmente, me decepcionei e muito, em outras.
O filme se resume em uma coisa: clichê. Logo Tim Burton que adora separar casais nos finais de seus filmes, optou, desta vez, por se prender ao clichezão. Bem versus mal. Profecia que precisa ser cumprida. Roubar uma espada que só ela matará o vilão. Muito original.
Sem contar todo o resto que, para mim, foi completamente desnecessário. Desnecessária a festa de noivado da Alice. Desnecessário a Alice quando volta de Wonderland passar uma mensagem tosca pra cada pessoa. Desnecessário o exagero da Rainha Branca que a fez ficar forçada demais. Desnecessário transformar a Rainha Vermelha em uma vilã sanguinária. Desnecessário amalucar o Chapeleiro. E extremamente desnecessário a dancinha ridícula do Chapeleiro e da Alice no final do filme.
É um bom filme. Mas não é um filme digno de Tim Burton. Do mesmo jeito que a atuação de Johnny Depp está boa, mas também está longe de ser uma atuação digna de Johnny Depp.
Os fãs dos dois deveriam entender de uma vez por todas que não achar o filme perfeito não será ‘uma traição a seu status de fã’. Fãs podem gostar ou não de determinada coisa, sem deixar de fã. E por último, fãs têm que aceitar que Tim Burton pode sim ser o responsável pela decepção cinematográfica do ano.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Fernão Capelo Gaivota

Pura e simples auto-ajuda. Como diz a sinopse do próprio livro é uma história de amor, aprendizado e liberdade, não necessariamente nesta ordem.
Mas uma coisa é certa. Entre auto-ajuda disfarçada de Paulo Coelho e auto-ajuda medíocre de Augusto Cury (que, felizmente, do gênero, é só o que eu conheço), esta auto-ajuda de Richard Bach é até aceitável.
O livro conta a história de uma gaivota que, diferentemente do seu bando, quer aprender a voar por si própria. Dividida em três partes, esta obra americana, mostra a vida de Fernão Capelo Gaivota em sua busca pela “liberdade”.
Usando a metáfora de uma gaivota, o autor passa aquela mesma mensagem clichê de sempre: nunca desista do que você acredita e nunca deixe de amar ao próximo.
Não consigo gostar de auto-ajuda. Não adianta. Mas se um dia você só tiver em mãos “O Alquimista”, “Você é Insubstituível” ou “Fernão Capelo Gaivota” para ler em uma tarde monótona, sem sombra de dúvida opte pelo livro de Bach.

Você é Insubstituível

Tenha certeza de uma coisa: você nunca leu e/ou vai ler algo tão ruim quanto este livro.
O primeiro grande erro de “Você é Insubstituível” é realmente chamá-lo de livro. Não pelo tamanho da “obra”, mas sim pelo conteúdo nojento. Mais inacreditável do que o Augusto Cury escrever esta “coisa”, é ele ter coragem de apresentar junto a editora, a editora gostar, publicar e vender. E como se não bastasse isso, ainda tem pessoas que compraram e gostaram.
O autor tem a pachorra de escrever um livro baseado em uma “filosofia de vida”: nunca desista de nada, afinal você foi um espermatozóide vencedor!
Um psiquiatra para escrever um livro cheio de clichês, repetitivo e de elogios baratos é o fim do mundo.
Pseudo auto-ajuda óbvia que não vai ajudar ninguém. Acho que nem se você estiver à beira do suicídio, tentando se apegar a menor mensagem positiva que seja para ver se ainda há esperança para viver, este livro teria alguma serventia.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Livro Que Deu Origem ao Blog...

É um livro pesado. Não é um livro para se pegar e ler em fim de semana de tédio, apenas para passar o tempo. Para apreciar a obra, deve-se estar preparado e com disposição.
Uma vez li uma resenha em algum lugar falando que cada página da história de Kevin é uma bofetada. E acho que essa é a melhor definição que já vi. Cada parte que avança dentro do enredo é um tapa na cara. A autora sabe passar o drama de uma mãe que, de uma maneira de outra, sempre soube que o filho era um demônio.
Misturando ficção com histórias verídicas de assassinatos em escolas, a autora conseguiu fazer um livro polêmico.
É um triste retrato dos EUA, marcado pela tragédia familiar e pelo horror dos massacres adolescentes.
Repito: é pesado e polêmico, não é algo para se ler em dois dias apenas para se distrair. Mas, apesar disto, é um livro impressionante. A obra analisa diversos problemas, como o casamento, a maternidade e a carreira em conflito com os dois. Além disso, ainda mostra o conflito existente em nossa cultura que acaba gerando violência. Violência esta, infelizmente, cada vez mais comum nos dias de hoje.

domingo, 11 de abril de 2010

O Alquimista

Neste livro você encontra auto-ajuda, mensagens religiosas, ficção, alquimia e até uma história de amor. Versátil, né?
Confesso que comecei a ler o livro com um pré-conceito, mas estava disposta a conhecer a obra e o autor e tentar entender porque vende tanto no mundo todo. E a única conclusão que eu cheguei é que o povo gosta de porcaria.
É uma leitura fácil, fácil demais até. A não ser as interpretações das ideias do autor, não tem nada pra entender. A história é só o que está ali e ponto. E é uma escrita tão simples que até entedia.
Paulo Coelho é só mais um escritorzinho fuleiro de auto-ajuda. E é pior ainda que os outros autores deste gênero, porque finge ser escritor de ficção. Inventa uma história chata apenas pra ser pano de fundo de suas lições de vida.

Twilight sux :)


É muito mais fácil falar da “Saga Crepúsculo” e não apenas do livro, porque é incrível como a série vai piorando a cada livro que passa.
Devo admitir que, num primeiro momento, gostei do livro. Mas depois quando parei pra pensar vi que o livro é muito ruim. Acho que com exceção de Bruna Surfistinha, Crepúsculo é o pior livro que já li na minha vida. Mas pelo menos, há o bom senso de não considerar a Surfistinha como literatura, enquanto Crepúsculo as pessoas insistem em dizer que é ‘um fenômeno da literatura juvenil’.
Não há nada melhor do que a entrevista de Stephen King que fala exatamente o que eu acho da Meyer: “Ambas Rowling e Meyer, estão falando diretamente a pessoas jovens… A real diferença é que Jo Rowling é uma fantástica escritora e Stephenie Meyer não consegue escrever nada que preste. Ela não é muito boa.”
Meyer não sabe escrever, não sabe criar um mistério decente, o livro não dá margem para raciocínio e a maneira como a luta é narrada é muito no estilo “precisava de um pouco de emoção e resolvi colocar uma briguinha nas dez páginas finais do livro”. Sem contar a maneira esdrúxula de “brincar com as palavras”. A autora adora expressões como “mortificadamente assustada” e coisas do gênero, sendo algo completamente desnecessário. George Orwell dizia “nunca use uma palavra longa onde uma curta tem o mesmo efeito”. Mas afinal, quem é George Orwell perto da “gênia” Stephanie Meyer? :)
Além de tudo isso, o livro – ou melhor, a saga inteira – é a história mais machista que eu já li na minha vida. Bella simplesmente vive para Edward e para fazer as tarefas domesticas de seu pai. Ela desiste de sua vida, de sua família, de seus amigos e de sua humanidade por um cara. Bella passa a viver somente para seu namorado.
Sem contar, o relacionamento completamente doentio entre os protagonistas. Aquilo não é amor, é doença.
Antes mesmo de começar a namorar Bella, Edward simplesmente invade seu quarto durante a noite para vê-la dormir. Que coisa insana!
Edward não é o homem perfeito, muito pelo contrario, ele é aquele tipo de cara que em três dias você tem vontade de fugir pra longe: controlador, ciumento, possessivo. Mas Meyer é tão genial que conseguiu romantizar isso e transformá-lo no “homem ideal”. Patético.
O livro é ruim. As personagens são ruins. A escritora é ruim. Não perca seu tempo.
Se você teve o bom senso de ler Crepúsculo e achar ruim, pode ter certeza que os três livros seguintes só pioram e a relação Bella/Edward passa a ser cada vez mais doentia.