sábado, 23 de abril de 2011

Água para Elefantes


Já li este livro algumas vezes. Agora, com a aproximação do filme [ que me amedronta! ], me deu vontade de ler mais uma vez.
Água para Elefantes é, talvez, um dos melhores livros que já li. Adoro a história e considero a narrativa simples da autora, um ótimo jeito de contar a história.
A proposta do livro é bacana. Faz uma reflexão do personagem na velhice, além de contar uma historinha de amor, sem deixar de lado o dia a dia dos circos durante a Grande Depressão Americana. Mas, o mais legal disso tudo, é que o livro não cai no clichê e nem numa história-de-amor-babaca-água-com-açúcar.
A história flui fácil, tornando a leitura simples e prazerosa. O livro conta a história de Jacob Jakowski, misturando sua história presente – numa casa de repouso – com seus anos passados – vividos no Circo Irmãos Benzini – O Maior Espetáculo da Terra. O enredo prende o leitor do começo ao fim e dá para passar tantos momentos de raiva quanto dar risadas e torcer pelo personagem.
Sara Gruen tem uma escrita ao mesmo ágil e detalhista o que, para mim, é fundamental para construção de um livro. Eu recomendo que este livro seja lido e apreciado em toda a sua magnitude, independente do filme.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

60 Anos Depois - Do Outro Lado do Campo de Centeio


Quando soube do lançamento deste livro, imaginei que seria mais uma obra tosca, que não tem realmente nada a ver. Porém, depois de lê-lo, acredito que a melhor definição seria “um livro chato de um autor escroto querendo pegar carona na fama de outro”.
O livro começa bem. O Sr. C. tem algumas características que podem defini-lo como o Holden Caulfield, talvez uma versão só um pouco mais madura. Mas, com o passar das páginas, a leitura se torna chata, cansativa, entediante e o personagem principal um velho tosco completamente diferente do personagem original.
Há algumas partes do livro, em que há uma inserção do Salinger refletindo sobre o Holden. E tudo que eu tenho a dizer sobre estas partes é “o que diabos isso significou?”.
Conforme a leitura vai fluindo e o personagem se alterando, o que dá a entender é que Fredrik Colting pensou em fazer um livro sobre reflexões da velhice, mas tinha medo de não vender nenhum exemplar. Então teve a ideia “genial” de usar o Apanhador no Campo de Centeio como gancho.
Infelizmente, parece que esta ideia deu certo. Mas, mais infelizmente ainda, o autor não soube aproveitar a sua chance e, além de estragar o Holden Caufield, ainda não soube desenvolver sua história de maneira satisfatória.
Prefiro autores que pelo menos tentam criar seus próprios personagens e não estes que se apropriam de personagens alheios. E podem falar o que quiser, mas, para mim, Fredrik Colting é uma pessoa que busca a fama e o dinheiro, desprezando completamente a qualidade de um bom livro.